Análise de Ações

Atualmente, a maneira mais fácil de investir em uma empresa é através da Bolsa de Valores. Basta abrir uma conta em uma corretora e em questão de minutos você pode ser “sócio” de um negócio lucrativo. Entretanto, é preciso aprender como fazer uma boa análise de ações para isso.

Existem duas formas específicas de fazer análise de ações e elas são muito diferentes (e destinadas a pessoas muito distintas). Certos perfis de investidores podem se dar muito mal ao utilizar a ferramenta errada.

Se você pretende investir em alguma empresa, precisa aprender como fazer uma boa análise de ações e suas formas (além da relação dessa ferramenta com o Valuation). 

Quer aprender tudo isso agora mesmo? Então siga a leitura!

O que é Análise de Ações?

Como o nome já deixa bastante evidente, o processo de Análise de Ações é uma maneira de avaliar os papéis negociados na Bolsa de Valores de modo a estabelecer um plano de investimentos adequado para a estratégia de cada investidor.

Para entender como esse processo funciona, precisamos de um ligeiro sumário sobre os mecanismos por trás da Bolsa.

A Bolsa de Valores é um mercado em que se negociam, dentre outros ativos, ações de empresas. As ações, por sua vez, são papéis que representam porcentagens de sociedade de um negócio.

Pense na famosa metáfora dos tijolinhos: uma ação é um tijolo que compõem a empresa. Se você é dono de um tijolo, acaba por ser dono de uma partezinha do negócio.

Uma vez comercializadas na Bolsa, as ações passam a ter seus preços definidos pela oferta e demanda do mercado. Ou seja: quanto maior a demanda, mais as pessoas pagam para comprar um papel. E o inverso é verdadeiro.

Por isso, o processo de Análise de Ações tenta entender esse movimento, medir a demanda de um papel para projetar a variação de valor da ação no futuro.

Dessa forma, pode-se entender se o papel faz ou não sentido para uma estratégia em específico.

No geral, existem duas formas básicas de fazer Análise de Ações:

  • Análise Técnica
  • Análise Fundamentalista.

A seguir, você verá um resumo mais detalhado de ambas.

Análise Técnica

A Análise Técnica é uma vertente que visa analisar o desempenho de ações através de gráficos técnicos de flutuação de preço. Ou seja, o principal foco dessa metodologia é entender a dinâmica que altera o preço de um papel e projetar variações no futuro.

Para isso, a Análise Técnica de Ações utiliza ferramentas como o Gráfico de candlestick. Esse gráfico consegue, em um único recurso visual, indicar se o preço de uma ação subiu ou desceu e qual foi o tamanho da sua variação.

Como o foco dessa vertente é acompanhar as tendências de preço (tanto de curto, quanto de médio e longo prazo), ela acaba sendo usada majoritariamente para ações especulativas de curto prazo.

O que isso significa? Significa que quem faz Análise Técnica não quer comprar a ação de uma empresa que é estável no mercado ou que tem um bom futuro. Quer comprar a ação que indica a maior projeção de lucro no menor tempo possível.

É por isso que a Análise Técnica é a ferramenta número 1 de quem faz Day Trade (prática que traz prejuízo para 9 em cada 10 investidores), que é o tipo de investimento que dura menos de um dia: o investidor compra e vende o papel no mesmo pregão, se beneficiando de oscilações de curto prazo.

Em alguns casos menos comuns, a Análise Técnica pode ser feita, também, pensando em prazos de uma semana ou duas semanas, ou até mais.

A ideia, realmente, é identificar nos padrões gráficos movimentos de reversão de tendência para surfar uma onda de valorização do papel.

Isso é possível porque existem certos padrões que indicam que uma ação vai começar a se valorizar ou se desvalorizar.

Análise Fundamentalista

Outra vertente da Análise de Ações é a Análise Fundamentalista. Esta, como o nome indica, foca nos fundamentos das empresas para encontrar bons papéis.

Explicando mais tecnicamente, a Análise Fundamentalista tem como objetivo analisar os dados e resultados financeiros de um negócio e, assim, fazer uma projeção do seu desempenho no médio e longo prazo.

Basicamente, os analistas que utilizam essa ferramenta olham se uma empresa está vendendo bem, se está lucrando com base no seu desempenho, qual é a sua eficiência em comparação ao mercado e seu estado de saúde.

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Em seguida, comparam esses dados ao preço da sua ação. Esse preço reflete a solidez do negócio? Reflete o seu potencial de crescimento? Na maior parte dos casos, não vai refletir.

Afinal, o preço da ação reflete a demanda hoje, que é determinada pelo que a empresa é hoje. O preço da ação no futuro vai refletir o seu potencial lá na frente.

Ao encontrar o potencial futuro, a Análise Fundamentalista indica qual é a expectativa de valorização daquele negócio e, assim, mostra os bons papéis para investir no longo prazo.

Técnica x Fundamentalista: qual a melhor?

Agora que vimos essas duas versões de Análise de Ações, a Técnica e a Fundamentalista, chegou a hora de responder: qual delas é a melhor?

Você pode se decepcionar com a resposta, mas a verdade é que não há uma melhor. Cada uma é indicada para uma situação e um tipo de investidor.

Quem tem um perfil mais especulativo, que atua com variações de preço no curto prazo, vai usar a Análise Técnica. Ela foi feita para isso.

Quem tem um perfil mais conservador, que quer ações seguras no longo prazo, de empresas que têm amplo potencial de valorização e segurança, vai usar a Fundamentalista.

O que não pode é confundir os perfis e usar a ferramenta errada. Não dá para usar os conceitos Fundamentalistas para fazer Day Trade porque esses fatores não ajudam nesse tipo de estratégia.

E, obviamente, o inverso é verdadeiro: o que você olha na Análise Técnica não vai ajudar em uma estratégia de longo prazo, que necessita dos fundamentos da empresa.

Qual a relação entre Análise de Ações e Valuation?

Agora que você viu bem o que é uma Análise de Ações e entendeu as duas vertentes, ficou mais clara a relação entre essa ferramentas e o Valuation, não é?

Se não, vamos explicar.

A Análise de Ações é a maneira de avaliar se um determinado papel da Bolsa encaixa ou não na estratégia de um investidor.

Uma das suas vertentes é a Fundamentalista, que foca nos fundamentos da empresa: sua saúde financeira, capacidade de gerar faturamento e potencial de crescimento.

Ora, e o que é Valuation? É justamente o processo que tenta avaliar o valor de uma empresa. É algo bastante próximo (mas não exatamente igual!) à Análise Fundamentalista.

Muitos documentos analisados são iguais, como EBITDA, margem de contribuição, potencial de crescimento, saturação do mercado e outros.

No geral, o Valuation e a Análise Fundamentalista são formas de tentar enxergar o valor de uma empresa e entender se vale ou não a pena investir nela.

Em alguns casos, será possível encontrar ótimos negócios: uma empresa com potencial gigantesco, mas que tem dívidas hoje e o dono quer vender barato, por exemplo.

Mas, no geral, tanto um bom Valuation, quanto uma boa Análise Fundamentalista de Ações, vão identificar com alto grau de certeza o valor de um negócio e, assim, indicar quando vale ou não a pena investir seu dinheiro.

No fim, ambas vão sempre premiar empresas que usam gestão baseada em valor e com foco no crescimento.

Se você quer aplicar seu dinheiro na aquisição de empresas, mas não quer só atuar na Bolsa, precisa conhecer como o Valuation pode te ajudar a identificar negócios lucrativos ao seu redor.

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