Como Calcular CMV

Você já ouviu falar em CMV?

Se você nunca ouviu falar e não faz ideia do que seja o CMV, não se preocupe.

Hoje, ao longo deste nosso conteúdo, iremos lhe mostrar o que é o CMV e como você deverá calculá-lo.

Mas, antes de comentarmos mais sobre esse indicador tão importante, não deixe de compartilhar este nosso conteúdo em seu Linkedin.

Com certeza este artigo poderá acabar ajudando muitos outros empreendedores que, até hoje, não sabiam o significado de CMV.

Sendo assim, vamos iniciar este nosso conteúdo!

O que é CMV?

Começando este nosso conteúdo, nós vemos que, no mundo dos negócios, entender e controlar os custos é fundamental para o sucesso de uma empresa.

Tendo isso em vista, como empresário, é muito importante que você entenda o conceito de CMV.

Na prática, o Custo da Mercadoria Vendida, ou CMV, é um dos indicadores financeiros mais essenciais, especialmente para empresas que comercializam produtos físicos. No caso, que mexem com compra e venda de mercadorias.

Dessa forma, vemos que o CMV é uma métrica que reflete o valor gasto para produzir ou comprar os produtos que foram vendidos.

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Em termos simples, o CMV representa o valor dos materiais, mão de obra direta e outros custos associados à produção ou aquisição das mercadorias que são posteriormente vendidas aos clientes. Sobre esses elementos que entram para o CMV, não se preocupe com eles.

Mais a frente, nós iremos mostrar exatamente o que é levado em conta na hora de calcular o CMV.

O importante é que você entenda que, para calcular o CMV, você precisará ter acesso a algumas informações referentes ao custo de fabricação ou aos custos de compra das mercadorias que você vende.

Com isso, através do CMV, fazendo essa conta e seguindo a fórmula que mostraremos a seguir, você chegará a uma conclusão referente à lucratividade do seu negócio. No caso, em termos brutos, através do CMV você consegue saber quanto está sendo lucrado por venda de mercadoria.

É claro que, é importante ressaltarmos que este indicador lhe dará o resultado bruto. Mas, a priori, é uma ótima forma de se avaliar se o seu negócio está trazendo lucros ou não.

Qual a fórmula do CMV?

Mesmo sendo um indicador de alta relevância para as empresas, vemos que o CMV é mais simples de calcular do que parece.

Na prática, para que você consiga fazer o cálculo dele, você deverá seguir essa fórmula:

CMV = estoque inicial + compras adicionais – estoque final

Dessa forma, as informações que você precisará para saber calcular o CMV são: O seu estoque inicial, as compras adicionais que você realizou no período analisado e, por último, o estoque final. Apenas essas três informações.

Assim, como sabemos que, no primeiro momento, pode parecer mais difícil de calcular do que realmente é, vamos para um exemplo prático:

Para exemplificarmos, vamos imaginar que você é dono de uma loja de carros.

Exemplo:

Assim, você está querendo analisar a lucratividade de um período X.

Vamos imaginar que você estava analisando o mês de Maio.

Com isso, você começou o mês de Maio com 5 veículos, depois comprou mais 5 e terminou o mês com 3 em estoque.

De tal forma, para facilitar o nosso cálculo, vamos imaginar que cada veículo lhe custou R$30.000,00.

Logo, aplicando na fórmula do CMV, ficaria assim:

CMV = R$150.000,00 + R$150.000,00 – R$90.000,00

Dessa forma, chegaríamos ao valor de CMV = R$210.000,00. Que foi o valor referente à venda de sete veículos.

Sabendo desses valores, para sabermos se a negociação foi lucrativa ou não, é preciso ter uma noção do quanto o negócio apurou com a venda desses sete veículos.

Apenas para quesito de exemplificação, vamos supor que cada venda gerou em média R$44.3000,00 de faturamento para a loja.

Em termos quantitativos, considerando sete vendas, o faturamento da loja seria em torno de R$310.100,00.

No caso, apenas olhando o bruto, a empresa teria lucrado aproximadamente R$100.100,00.

Obviamente, vale ressaltar que isso é o lucro bruto do negócio.

Qual a importância de entender o CMV?

Na prática, vemos que o CMV é muito importante para que você entenda porque, com ele, você consegue ter uma noção geral do custo médio por vendas da sua empresa.

No caso, principalmente para lojistas que tem muitas mercadorias e, no final das contas, não sabe quanto está tendo de lucratividade, vemos que ele ajuda bastante.

É claro que, se formos analisar ao todo, veremos que o CMV nos traz os valores brutos.

Mas, mesmo assim, através deles, conseguimos ter uma boa ideia do quanto está tendo de lucratividade. Além disso, principalmente para negócios com muitas mercadorias, o que acaba sendo difícil de analisar todas, é possível ver se a empresa está tendo lucro ou prejuízo.

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Pode parecer simples, mas existem muitos casos de grandes lojistas que, por não analisar o CMV, acabam saindo em prejuízo em suas vendas, mesmo sem saber.

Portanto, o que mais sugerimos é que você veja o CMV do seu negócio, para ter uma noção geral da lucratividade dele.

Isso é algo crucial para toda empresa que compra e vende mercadorias.

Mesmo sendo mais útil para empresas que compram e vendem produtos, o CMV também pode ser útil em casos de empresas que trabalham com serviços.

O grande ponto do CMV para serviços é que você deverá quantificar o seu serviço como se ele fosse uma mercadoria.

De modo que, para quantificá-lo, você deverá colocar na ponta do lápis todo o seu custo com mão de obra e entrega do serviço ao cliente.

Assim, conseguindo ter uma visão clara do CMV do seu serviço.

O que é considerado no cálculo do CMV?

Se aproximando do final deste nosso conteúdo, vemos que uma grande dúvida é em relação ao que é considerado no cálculo do CMV.

Como bem vimos antes, ao analisarmos a fórmula do CMV, vemos que há mais de uma maneira de realizar este tipo de conta.

Ao conhecer o CMV, muitos empreendedores acabam se enganando e achando que só há uma maneira de fazê-lo.

Quando, na verdade, há duas formas de analisarmos o CMV. Cada uma dessas formas considera um ângulo a partir da empresa.

Para facilitar o seu entendimento, vamos entender da seguinte maneira:

Na primeira forma de analisarmos o CMV, no caso, a partir do Produto, você conseguirá ver o custo por produto de forma unitária.

Assim, o que consideraremos no CMV será o valor do produto, quanto tivemos de estoque dele no início do mês e, ao final do mês, quanto tivemos dele em estoque. Essa é apenas a primeira forma que nós temos de calcular o CMV.

Além dela, temos também o CMV por faturamento. Onde, ao invés de analisarmos um produto de forma unitária, nós iremos analisar o faturamento. Assim, essa é uma forma de chegarmos a um valor geral do CMV, sem ser relacionado a um produto em específico.

No caso, para a realização deste tipo de conta, nós iremos precisar saber o faturamento da empresa.

Qual o CMV Ideal?

Agora, para nós concluirmos este nosso conteúdo, temos a grande dúvida que as pessoas costumam ter:

Qual será o Custo da Mercadoria Vendida ideal para uma empresa?

Na prática, nós vemos que definir o CMV ideal é uma tarefa que exige análise criteriosa e consideração de diversos fatores únicos de cada empresa.

Não existe um custo da mercadoria vendida universalmente considerada como “ideal” para todas as empresas, uma vez que esse valor varia significativamente conforme cada negócio.

Para cada indústria, o porte da empresa e a estratégia de mercado adotada – há um CMV que pode ser indicado como o ideal.

Dessa forma, nós vemos que o setor de atuação exerce influência direta no CMV ideal. Cada setor possui seus próprios padrões de margens de lucro, sendo crucial analisar e compreender as margens praticadas por empresas similares na mesma indústria.

Para que, assim, após essa análise, você consiga entender qual o Custo da Mercadoria Vendida ideal pro seu negócio.

Além disso, a estratégia de precificação também desempenha um papel essencial. Decisões sobre precificação impactam diretamente o Custo da Mercadoria Vendida, já que preços mais elevados podem permitir margens mais altas, mas podem também afetar a demanda.

Variáveis no Custo da Mercadoria Vendida

Por outro lado, preços mais baixos podem atrair um maior número de clientes, porém resultar em margens mais apertadas.

A estrutura de custos é um outro ponto de análise indispensável. Avaliar os custos diretos e indiretos relacionados à produção ou aquisição das mercadorias é fundamental para otimizar o Custo da Mercadoria Vendida.

A busca pela eficiência nos processos de produção, aquisição de matéria-prima e logística pode contribuir para um CMV mais vantajoso.

O posicionamento da empresa no mercado é outro fator crítico. Empresas que adotam uma postura de marca premium podem justificar margens mais elevadas devido ao valor percebido pelo cliente.

Já empresas que competem principalmente pelo preço precisam encontrar um equilíbrio delicado entre custos e preços para garantir a competitividade.

Dessa forma, ao compreender que existem uma série de fatores que podem influenciar no Custo da Mercadoria Vendida, chegamos a uma conclusão: Não há um valor Ideal.

O importante é que, como empreendedor, você entenda sobre o seu setor ao ponto de compreender qual o CMV ideal nele.

Mas, analisando genericamente, não há um número que possamos garantir que é o ideal para todos os setores.

Bom, por hoje, nós iremos ficando por aqui.

Antes de sair deste nosso conteúdo, não deixe de ver outros dos conteúdos que já produzimos aqui na Yenom!

Até a próxima!